Deficiência
Fisica –
definição: uma variedade de condições que afeta a mobilidade e a coordenação
motora geral de membros ou da fala. Pode ser causada por lesões neurológicas,
neuromusculares e ortopédicas, más-formações congênitas ou por condições
adquiridas. Exemplos: amiotrofia espinhal (doença que causa fraqueza muscular),
hidrocefalia (excesso do líquido que serve de proteção ao sistema nervoso
central) e paralisia cerebral (desordem no sistema nervoso central).
Características:
São
comuns as dificuldades no grafismo em função do comprometimento motor. Às vezes
o aprendizado é mais lento, mas, exceto nos casos de alteração na motricidade
oral, a linguagem é adquirida sem problemas. Muitos precisam de cadeira de
rodas ou muletas para se locomover. Outros apenas de apoios especiais e
material escolar adaptado, como apontadores, suportes para lápis etc.
Recomendações:
§ A
escola precisa ter elevadores ou rampas. Fique atento a cuidados do dia a dia,
como a hora de ir ao banheiro.
§
Algum funcionário que tenha força deve acompanhar a criança. No caso de
hidrocefalia, é preciso observar sintomas como vômitos e dores de cabeça, que
podem indicar problemas com a válvula implantada na cabeça.
*Paralisia Cerebral
Lesão
no sistema nervoso central causada, na maioria das vezes, por uma falta de
oxigênio no cérebro do bebê durante a gestação, ao nascer ou até dois anos após
o parto. Em 75% dos casos, a paralisia vem acompanhada de um dano intelectual.
Características:
A principal é a espasticidade, um desequilíbrio
na contenção muscular que causa tensão. Inclui dificuldades para caminhar, na
coordenação motora, na força e no equilíbrio. Pode afetar a fala.
Recomendações:
§ Para contornar as restrições de coordenação
motora, use canetas e lápis mais grossos, uma espuma em volta deles costuma
resolver. Utilize folhas avulsas, mais fáceis de manusear que os cadernos
grandes e peça que os alunos se sentem na frente. È importante que a carteira
seja inclinada.
§ Se o aluno não consegue falar, providencie uma
prancha com desenhos ou fotos para que se estabeleça a comunicação. Ela pode
ser feita com papel cartão, em que são coladas figuras pequenas e fotos que
representem pessoas e coisas significativas, como os pais, os colegas da
classe, o time de futebol, o alfabeto e palavras-chave como: sim, não, fome,
sede entrar, sair. Para informar o que quer ou sente, o aluno aponta para as
figuras e se comunica.
§ Utilizar cópia carbonada, xerox etc.
§ O professor ou um colega como escriba.
§ Letras emborrachadas/imantadas/em madeira/com
velcro
§ Livros didáticos e de literatura com marcadores
para facilitar o passar das folhas, páginas ampliadas.
§ Atividades ampliadas
§ Diferentes formas de representação simbólica (fotografias,
figuras, desenhos, símbolos, palavras)
§ As fotografias representativas e pertencentes
ao contexto do aluno muito contribuem para o estabelecimento da interação, da
comunicação e do interesse.
Deficiência Intelectual
Funcionamento intelectual inferior a média (QI),
que se manifesta antes dos 18 anos. O diagnóstico do que acarreta a deficiência
intelectual é muito difícil, englobando fatores genéticos e ambientais. Além
disso, as causas são inúmeras e complexas envolvendo fatores pré, peri e
pós-natais. Entre elas, a mais comum na escola é a Síndrome de Down.
*Síndrome de Down
Características:
Além do déficit cognitivo, são sintomas as
dificuldades de comunicação e a hipotonia(redução do tônus muscular). Quem tem
a síndrome de Down também pode sofrer com problemas na coluna, na tireóide, nos
olhos e no aparelho digestivo, entre outros, e, muitas vezes, nasce com
anomalias cardíacas, solucionáveis com cirurgias.
Recomendações:
§ Ofereça sempre ao seu aluno com deficiência o
mesmo que oferece aos outros. Dê-lhe todo o material utilizado na escola:
cadernos, livros, estojos, tesoura etc. Ensine-o a utilizá-los. Não se esqueça
de que a sua escrita, seus desenhos, suas realizações muitas vezes
representadas por garatujas, objetos sem forma, têm valor social e não linguístico
ou figurativo. Por isso, se outros alunos vão ao quadro fazer uma tarefa,
chame-o também.
§ Ao realizar em sala um jogo de bingo. De
preferência, ponha esse aluno junto com outro que possa auxiliá-lo na tarefa de
identificar os itens sorteados.
§ Para “exercitar” o traçado de números e letras,
não faça seu aluno copiar muitas vezes. Faça a brincadeira de escrever o número
ou a letra com o próprio número ou letra. Como por exemplo: utilizar letras e
números confeccionados com lixa, emborrachado, colagem de materiais ásperos,
moldes vazados, material confeccionado com barbante, traçados no chão, na
areia...
§ Faça um portfólio de seu aluno, ou seja, vá
colocando em uma pasta tudo aquilo que ele produzir, assim você poderá ter uma
visão mais detalhada de seu processo de evolução.
§ Para garantir a participação de seu aluno nas
atividades busque embutir nelas qualquer elemento que lhe chame a atenção. Faça
registros com cores diferentes, desenhos para ilustrar os textos etc.
§ Na sala de aula repita as instruções e
orientações. O desempenho melhora quando as instruções são visuais. Por isso, é
importante reforçar comandos, solicitações e tarefas com modelos que ele possa
ver, de preferência com ilustrações grandes e chamativas, com cores e símbolos
fáceis de compreender. A linguagem verbal deve ser simples. Uma dificuldade de
quem tem a síndrome, em geral, é cumprir regras. O ideal é adotar o mesmo
tratamento dispensado aos demais, eles tem de cumprir regras e fazer o que os
outros fazem. Se não conseguem ficar o tempo todo em sala, estabeleça
combinados, mas não seja permissivo.
§ Tente perceber as competências pedagógicas em
cada momento e manter as atividades no nível das capacidades da criança, com
desafios gradativos.
§ Valorize sempre o empenho e a produção do
aluno.
§ Atenção: quando a criança se sente isolada do
grupo e com pouca importância no trabalho e na rotina escolares, a criança
adota atitudes reativas, como desinteresse, descumprimento de regras e
provocações
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